Energia

Os ventos seguem parados

Projeto do parque eólico de São José do Norte segue sem sair do papel e prefeitura conversará com o MME para regionalizar leilões

O parque eólico de São José do Norte teve sua licença ambiental prévia concedida em abril do ano passado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). No entanto, o que era na época apontado como o futuro maior complexo de energia eólica do Estado, segue sendo ainda um sonho, sem previsão de começar a atuar na prática. Isso porque, embora a empresa responsável esteja habilitada para realizar o trabalho, não há investidores e tudo depende de um leilão de energia promovido pelo governo federal, ainda sem data para acontecer.

A prefeita Fabiany Zogbi Roig (PSB) explica que o parque ainda não entrou em leilão. A expectativa é de tentar, junto ao Ministério de Minas e Energia (MME), apoio para realizar vendas mais regionalizadas. Em passagem recente por Brasília, foi ao ministério levar a pauta. Nela, propõe que a divisão por região facilitaria a atrair empresas e investidores para o sul, pois acredita que, em vendas coletivas, a preferência dos empresários é por outros locais.

Segundo ela, a empresa Ventos do Atlântico já possui o projeto, mas necessita dos investimentos para implementá-lo. Para o município, além dos empregos que podem ser gerados, especialmente na fase de implementação do parque, os impostos trariam um grande ganho aos cofres da cidade que possui pouco mais de 25 mil habitantes. “Aumentaria significativamente nossa arrecadação”. Atualmente, os principais fatores que movimentam a economia de São José do Norte são a pesca, agricultura e extrativismo natural, principalmente a partir da indústria madeireira.

Após a decepção com o polo naval, com o fim das operações na plataforma P-74, a economia da cidade se viu em estado preocupante. Recentemente, a empresa EBR reacendeu as esperanças com o anúncio de que construiria dois módulos para plataforma no município. “É uma boa movimentação, mas bem menor do que a anterior”, explica a prefeita.

O projeto
No anúncio do ano passado, o governo do Estado apontava que o investimento privado pode chegar a R$ 4 bilhões. A licença prévia tem validade de cinco anos.

O complexo ficará no distrito do Bojuru. A previsão, no momento da concessão, era de 290 aerogeradores de 3,0 MW de potência cada, distribuídos em 32 centrais eólicas.

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